Perdi um amigo.

Talvez o mais leal de todos, o amigo que toda vez que eu chegava fazia a maior festa, pulava em mim e sujava minha roupa, com certeza ele gostava mais de mim do que eu dele, mijou em mim incontáveis vezes pra demonstrar isso. Parecia uma criança de seis anos, era a idade dele, brincava, pulava, corria, não perdia um oportunidade de lamber a gente, guerreiro, foi conosco pra Miguel Pereira, depois pra Paraty, só não pode vir pra Angra, droga de apartamento, andava comigo desde a época do chevete.

Infelizmente o Sheyck teve um problema intestinal e apesar dos esforços ele acabou morrendo, eu sei que era "só um animal", mas as lágrimas correm do mesmo jeito, como foi difícil dar a notícias a Sarah e ao JV, eles o adoravam.

Vão ficar na memória os axcelentes momentos que ele nos proporcionou, os chinelos que ele depedaçou, meu boné do Fluminense oficial, R$ 80,00 que ele fez em pedaços, o olhar dele parecendo pedir um afago, o xixi que ele fazia assim que D. Herlaine lavava o quintal, a felicidade dele na praia. Muitas coisas boas que passamos juntos, vai deixar uma saudade imensa. Chegou lá em casa pequenininho e virou um cachorro enorme, parecia um lobo muitos diziam, pelo tamanho, assustava algumas pessoas, a Cida gostava dele, mas morria de medo, mas era doce como um bebê, assim que a Sarah o chamava, todo mundo pergunta como o JV pode ter medo de cachorros com um desse tamanho em casa?

A vida perde um pouco da graça, a tristeza vai passar, vai dar lugar a saudade, não sei se vou querer ter outro animal. O Sheyck vai ser sempre o meu "Negão fafado".

Vai com Deus amigo.