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Depois da vergonhosa decisão do Campeonato Brasileiro de 1980, Atlético e
Flamengo voltaram a se encontrar na Copa Libertadores de 1981. E que o
Galo temia aconteceu novamente, uma armação do Flamengo, agora de uma
maneira mais descarada. O Grupo 3 da Taça Libertadores 81 foi marcado
pelo equilíbrio entre Atlético e Flamengo. As duas equipes terminaram
empatadas em primeiro lugar cada uma com 8 pontos ganhos em 6 partidas.
Como o regulamento da competição previa que somente o campeão de cada
chave passaria a segunda fase, foi necessário a realização de um jogo de
desempate em um campo neutro. Depois de muitas negociações, a cidade de
Goiânia foi escolhida para sediar o jogo. Tudo era neutro, campo,
torcida, cidade mas o juiz não. José Roberto Wright chegou em Goiânia no
mesmo avião vindo do Rio de Janeiro, junto com a delegação carioca.
Fato estranho, mas que pode ser considerado normal uma vez que ele, Jose
Roberto Wrigth residia no Rio. Mas quando ele ficou no mesmo hotel que
os flamenguistas os dirigentes do Galo já ficaram desconfiados.
Desconfiança que se confirmou logo aos 10 minutos do primeiros tempo. Em
uma jogada no meio campo, Reinaldo faz falta normal em Zico e
imediatamente Wright mostrou o cartão vermelho para o Rei. O quê que
isso? O quê eu fiz? Perguntava o Rei sem demonstrar nenhuma atitude de
desrespeito. Na tv, Telê Santana um severo crítico do ante-futebol
dizia: "Uma falta que a gente está acostumado a ver no futebol
brasileiro -- proclamava Telê, severo nas suas análises sobre a
violência no futebol." Logo depois foi a vez de Éder, em outra falta
normal o ponteiro esquerda mineiro ganhou o cartão vermelho do juiz. Daí
pra frente o serviço já estava feito, o Galo com 9 jogadores em campo
seria facilmente vencido pelo Flamengo. O técnico do GALO, Carlos
Alberto Silva colocou o time com uma armação claramente defensiva e
mesmo com a ajuda do juiz(que em 30 minutos de jogo distribuiu 4 cartões
amarelos para os jogadores do GALO, isso fora os 2 cartões vermelhos) o
Flamengo não conseguiu marcar seu golzinho. Vendo que a armação ainda
não fazia efeito, Wright deu o golpe derradeiro; expulsou Palhinha e
Chicão aos 34 minutos do primeiro tempo. Aí não deu para segurar a
revolta atleticana. Os dirigentes do GALO entraram em campo. Polícia,
Fotógrafos, cinegrafistas todo mundo em campo, uma confusão
generalizada. O jogo é paralisado. Nessa hora o "Juiz" expulsa todo o
banco de reservas da equipe mineira, jogadores, técnico, comissão
técnica e diretoria. Os dirigentes de Minas queriam retirar os seus
jogadores de campo. Mas essa atitude não foi tomada, e o jogo recomeçou
antes dos 30 minutos legais de paralisação.
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